Eleições 2018: Urna eletrônica terá novo layout
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram apresentados na manhã desta quinta-feira (4) ao protótipo da nova urna eletrônica
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram apresentados na manhã desta quinta-feira (4) ao protótipo da nova urna eletrônica
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram apresentados na manhã desta quinta-feira (4) ao protótipo da nova urna eletrônica, criada para se adaptar ao voto impresso. Adeterminação de imprimir o voto é da nova legislação aprovada pelo Congresso Nacional queprevê a mudança a partir das Eleições 2018. A estimativa é de que 35 mil urnas desse novomodelo sejam utilizadas em todo o país já no próximo pleito.
De acordo com o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, a Justiça Eleitoral precisou seadequar à imposição da legislação e, por essa razão, desenvolveu um modelo mais modernoque também atenda às necessidades do futuro, uma vez que a urna eletrônica já tem 20anos e precisa de constantes modificações.
Ele também falou sobre o custo dessa mudança e a necessidade de ampliação gradual doprojeto: “se fossemos substituir todas as nossas urnas pelas novas, seria algo em torno deR$ 2 bilhões. Num momento de entressafra em termos orçamentários, isso não é ideal”.
Por fim, o ministro Gilmar Mendes destacou que existe uma “mística” sobre a possibilidadede fraude da urna eletrônica, mas os fatos mostram que fraude nas eleições tem mais a vercom abuso de poder econômico e não com questões ligadas ao processo eletrônico da urnaou da apuração de votos.
Novo layout
Com layout moderno e funcionamento em módulos acoplados e bateria com duração maior,o novo equipamento busca garantir a votação em tempo razoável, considerando que aimpressão do voto em experiências anteriores foi causa de grandes filas e aumento notempo de votação do eleitor.
O fato de funcionar em módulos permite que a máquina seja desmontada e ocupe umespaço menor na caixa de armazenamento e, consequentemente, facilita o transporte,gerando economia de recursos públicos. Na região amazônica, por exemplo, que exigiria porvolta de três viagens de avião ou de helicóptero para locais de longa distância,possivelmente haverá uma redução de 45% do espaço a ser ocupado na aeronave,permitindo diminuir para duas ou até mesmo uma única viagem.
Athayde Fontoura, diretor executivo do Conselho de Pesquisas e Estudos Eleitorais do TSE,afirmou que até agosto deste ano o novo modelo estará em pleno funcionamento paratestes.
Ele explicou que, após o uso das 35 mil urnas nas próximas eleições, a Justiça Eleitoralpoderá fazer uma projeção do tempo e do custo para substituir todas as 600 mil urnasutilizadas em todo o Brasil. Cada uma das urnas utilizadas atualmente custa 600 dólarespara ser fabricada, enquanto estima-se que o novo modelo custará em torno de 800 dólares.
“Com a impressão do voto, a urna vai precisar de mais autonomia e bateria para sustentar acondição de impressão do voto e também o armazenamento desses votos impressos até aauditoria que se fizer necessária”, esclareceu Athayde Fontoura.
Opinião da Corte
Os ministros do TSE participaram do lançamento do protótipo e deram sua opinião sobre onovo modelo.
O ministro Herman Benjamin, corregedor-geral eleitoral, afirmou que o design da nova urnamostra que a tecnologia brasileira é realmente de ponta e ressaltou que o sistema devotação no Brasil é considerado o melhor, uma vez que estamos à frente de outros paísesdesenvolvidos que passaram a adotar a votação eletrônica. No entanto, ele ressaltou o altocusto com impacto orçamentário, ao criticar o voto impresso aprovado pelo Congresso. Paraele, é um “sistema hipermoderno no que serefere à tecnologia, mas atrasado no que serefere à impressão do voto”.
A opinião do ministro Luis Roberto Barroso é de que o voto impresso é um retrocesso, masque a Justiça Eleitoral tem que se adequar e fazer da melhor forma possível. Na vida, agente deve trabalhar para minimizar o risco de problemas e não para aumentá-los. Asabedoria não é vencer os problemas, mas evitá-los quando possível”.
O ministro Napoleão Nunes Maia ressaltou o aspecto externo da urna e classificou como“moderno e futurístico” e passa ideia de “dinamismo e otimismo”, mas também criticou aimpressão do voto: “não sei por que imprimir o voto se o sistema anterior era suficiente econfiável”, disse ele.
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